Crítica: 'Tempos Modernos' termina sem nunca ter começado

E terminou na última sexta-feira (16) - sem nunca ter começado - o projeto de novela das 19h, intitulado por alguns como "Tempos Modernos".

De autoria de Bosco Brasil, a trama que contava a história de Leal (Antonio Fagundes) e seu alter ego Frank, não agradou o grande público. Permeada por cenas teatrais, com atuações medíocres e um elenco extremamente mal dirigido por José Luis Villamarim, a novela até então aclamada como revolucionária, ficou devendo não só no aspecto de inovação, como em todo e qualquer outro que possa ser mensurado.

Viviane Pasmanter e Eliani Giardini bem que tentaram, mas, nem suas brilhantes atuações foram suficientes o bastante para segurarem sozinhas o texto pesado e as conflituosas tramas com profundidade de um pires propostas pelo autor e não entendidas pelo diretor geral. Diretor este, que parece não ter aprendido nada com Luiz Fernando Carvalho, Carlos Manga, Denise Saraceni, Ricardo Waddington e Dennis Carvalho com quem já trabalhou em outras oportunidades e que desde Três Irmãs, já havia mostrado que não era competente para levar uma novela sozinho.

Sem um fio condutor cativante, 'Tempos Modernos' entra para a história não só como a pior média no Ibope de uma novela das sete, mas, também como um trágico arremendo de situações e improvisos, que nem de longe caracterizam um folhetim. 'Tempos Modernos' não pode ser caracterizada nem como sucesso nem como fracasso, por que simplesmente não existiu, não aconteceu. Como num livro lido pela metade, a novela terminou como começou: sem sentido.